terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Praia de Copacabana ganha em maio rede de banda larga sem fio

O Rio de Janeiro quer contribuir para a democratização da informação ao permitir o acesso à internet a custo zero, gerando impactos na área de educação e segurança.

Um dos principais cartões-postais da cidade do Rio de Janeiro, a Praia de Copacabana, que hospeda boa parte de turistas e visitantes em viagens de lazer ou a negócios, irá ganhar, a partir do mês de maio, uma rede de acesso à internet wi-fi.

Isso permitirá aos usuários de computadores conectarem-se gratuitamente a uma rede de banda larga sem fio, bastando para tanto dispor de equipamento munido de dispositivo adequado para acessar redes wireless (sem fio). A iniciativa, do governo do estado por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, será financiada pela Fundação de Amparo a Pesquisa do RJ (Faperj).

Batizado de Orla Digital, o programa inicialmente terá sinal que ficará restrito à Avenida Atlântica, à beira-mar, mas poderá eventualmente ser captado também por aqueles que circularem nas primeiras duas quadras do bairro a partir da praia, até a Avenida Nossa Senhora de Copacabana.

O lançamento do projeto iniciou-se ao ritmo da participação das baterias das escolas de samba Mangueira e Portela. Segundo o governo estadual, a medida contribui para a democratização da informação ao permitir o acesso à internet a custo zero, o que terá repercussão em outras áreas, como educação e segurança, além de negócios e turismo.

Um exemplo usado foi o município de Piraí. Com pouco mais de 25 mil habitantes, hoje é o oitavo município fluminense em arrecadação, passando de 30 milhões de reais para 95 milhões de reais anuais, após a instalação do projeto Piraí Digital, que levou a internet banda larga a toda a cidade, incluindo a zona rural.

Luís Felipe Magalhães de Moraes, coordenador da Rede Rio – rede integrada de computadores financiada pela Faperj que interliga universidades e centros de pesquisa sediados no estado do Rio – chamou a atenção para as aplicações do Orla Digital. "O projeto permitirá contribuir para inclusão digital por meio de diversas aplicações de Vídeo sob Demanda (VsD) e TV Digital como: educação a distância, sistemas de telemedicina, segurança pública, divulgação cultural e comercial do bairro", afirmou o coordenador da Rede Rio.

A intenção é fazer o projeto se estender para outros pontos da cidade e também a outros municípios do estado ao longo dos próximos 18 meses. O investimento total foi orçado em 43 milhões de reais. Os gastos com a instalação da rede entre o Leme e o Posto Seis deverão alcançar cerca de 1 milhão de reais.

Um outro projeto, capitaneado pela Secretaria de C&T, deverá levar o sinal wi-fi também à Baixada Fluminense, com investimentos de 3 milhões de reais.
Paralelamente, estão previstas ainda a inauguração de novas unidades do programa Faetec Digital – laboratórios de inclusão digital que funcionam nas escolas técnicas estaduais da rede da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec).

Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia, a escolha do bairro da Zona Sul para inaugurar a série de projetos de internet sem fio aconteceu em razão de seu potencial turístico e também pela necessidade de aumento da segurança. A rede permitirá estender o monitoramento que já é feito na região.

A oferta de rede sem fio já vem se espalhando por outras localidades do litoral brasileiro. No estado de São Paulo, o município de São Sebastião se prepara para oferecer conexão wireless em suas praias mais populares, como Maresias, Juquehy, Camburi e Barra do Sahy. Desde setembro, a cidade já dispõe de acesso wi-fi gratuito em seu centro histórico.

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